Lembranças, vagas e aleatórias…

1967 ou 1968, 11 ou 12 anos de idade, não me lembro com precisão, pouco importa… O futebol já fazia parte da minha vida. Se, aos 08 anos, pretendia ser um padre, espelhando-me no irmão que adentrara os estudos preparatórios (e não os avançaria), agora, seguindo o mesmo irmão, entusiasmado com as coisas do futebol, local e nacional, imaginava-me um futuro jogador! Enturmado com os vizinhos, competíamos com grupos rivais não tão-vizinhos, nos fins-de-semana, pés no chão, bolas de borracha, sem camisa, com sol ou chuva. Tínhamos nossos ideais, entre os quais envergarmos, um dia, um uniforme de um dos times do bairro onde morávamos – o Presidente Vargas, o Tocantins ou o Vasquinho… Enquanto não concretizávamos a pretensão, íamos sonhando e fazendo o que podíamos. Nesse estágio intermediário, eis que, um dia, um grupinho dos mais próximos se cotizou e decidiu alugar as camisas do Sete de Setembro – time menos importante que os acima citados, jogava nas manhãs de domingo, com jogadores descalços.  Queríamos, apenas, tirar algumas fotografia nos moldes daquelas estampadas nos jornais e revistas pelos times profissionais – os atacantes agachados (com destaque para o center-four com as mãos projetadas sobre a bola), e os demais, em pé! Isso tudo, envergando camisas suadas (pelos outros) no jogo recém-findo, ao sol do meio-dia! Fico, hoje, mais de 50 anos passados, me perguntando qual o destino das fotografias e qual o significado delas para os outros fotografados… 

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